Nome Original: Black Swan
Nome no Brasil: Cisne negro
Origem: EUA
Ano de produção: 2010
Estréia: 01 de Setembro de 2010
Duração: 102 min
Classificação: 16 anos
Apoiada pela mãe, uma bailarina aposentada, Nina (Natalie Portman), se dedica totalmente à companhia de dança de balé da qual faz parte. A grande oportunidade da jovem surge quando o diretor artístico Thomas Leroy (Vicent Cassel) procura por uma dançarina para protagonizar O Lago dos Cisnes. Lily (Mila Kunis) tem toda a aptidão para a sensualidade do Cisne Negro, enquanto Nina se mostra ideal para viver o Cisne Branco, inocente e gracioso. Nesta disputa, Nina passa a conhecer melhor o seu lado sombrio e este auto conhecimento pode ser destrutivo.
Opinião
É um filme denso. Não pelo roteiro, mas pela vida da jovem Nina, que focada em seu trabalho vive com uma dieta rígida, cobrando-se mutuamente e sendo cobrada por sua mãe - uma mãe que encontra na filha a oportunidade de conquistar tudo que ela não pôde.
Este filme, talvez de um modo exagerado (ou não), retrata os bastidores da arte, o sofrimento dos bailarinos para manterem-se com uma figura impecável de fragilidade. Bem como a competição que há para os papéis mais importantes, e mesmo os relacionamentos dúbios entre professores e alunos, alunos e alunos, como retratado na figura de Nina e Lily.
O aspecto mais interessante do filme são as alucinações que Nina passa a ter. Pois ao mesmo tempo que isso a assusta a faz voar, ser algo que ela não era até então.
Desafiada a tornar-se um cisne negro, pois o cisne branco já fazia parte dela, passa a viver seu possível papel tão intensamente a ponto de visualizar coisas inacreditáveis, a ponto de em seu corpo surgirem penas! Essa mutação da personagem à cisne é sensacional, a dança final é surpreendente.
A trama nos envolve e intriga a tal ponto que já, como a personagem, não podemos distinguir o real da ilusão.
Acredito que este seja o intuito, e, penso que o próprio criador da história também não saberia dizer ao certo se a morte da personagem ao final, realmente aconteceu, se foi real, se foi alucinação.
Um filme feito com cuidado, personagens lindos. O balé por si só já encanta.
E a adaptação desta que é uma das danças clássicas mais conhecidas no mundo para o cinema foi sensacional.
Algumas cenas fortes e inadequadas. Poucas, mas há. Por isso a classificação para 16 anos.
Gostei da história, da luta interior da menina tentando crescer e se soltar das amarras doentias de uma mãe dominadora.
Gostei da menina sofrida, triste e boazinha que procura amadurecer sua dança e seu estado emocional.
A pergunta que ouso responder, é que sua luta não foi em vão pela arte, mas ela se auto destruiu, à medida que desmedidamente buscava seu melhor.
Fica a lição de que existe o limite, e às vezes, ele acaba antes do céu.
Um final de filme aberto, com um grande ponto de interrogação.
Interessante.
Recomendo: Aos que gostam de filmes com um final cheio de reticências.